MICHELE PECCHIOLI©


☑ A.S.: Michele, conte sobre a sua experiência no Brasil, a sua relação com a natureza e o encontro com esta terra cheia de recursos, de imensos espaços e de pessoas extraodinárias. Relate a interação da moda e a sua relação com a beleza das mulheres brasileiras, muitas vezes presentes nas suas campanhas publicitárias.

☑ M.P. : Sim, tive a sorte de trabalhar por muitos anos no Brasil, quando o país ainda vivia uma situação muito complicada, com muita corrupção e pouco controle sobre o seu território, especialmente na Bacia Amazônica, alvo durante anos de empresas de petróleo e madereiras.

Voltando depois de alguns anos, eu achei que o Brasil mudou muito, principalmente com a chegada do presidente Lula que ajudou no renascimento do país.
Eu achei que povo brasileiro estava mais maduro na busca de soluções “harmônicas” para salvar o o património natural, que se concentra principalmente na bacia amazônica.

Tanto que este ano, dado a nossa função de agência publicitária da WWF, iremos dedicar um grande espaço para destacar e valorizar todos as iniciativas que visam o desenvolvimento da região amazônica. Também tendo em conta que o Brasil este ano vai ter mais atenção da mídia através da Copa do Mundo. Vai ser o palco para realçar os aspectos positivos e negativos desta terra.

O Brasil é um país que eu amo muito, é muito diversificada, grande, adequado para o trabalho que eu faço para a moda, assim como para o meio ambiente. Foi um dos meus lugares preferidos para cenários naturais, marítimos, e, sobretudo, por suas lindas mulheres que são modelos famosas no mundo.

Por muito tempo trabalhei com Ana Beatriz Barros e Adriana Lima que foram musas inspiradoras de minhas campanhas publicitárias. Eu trabalhei com muitos fotógrafos e cineastas, porque
na verdade, o Brasil é um verdadeiro caldeirão de idéias, pessoas e profissões e está à frente em várias artes, incluindo arquitetura, design de interiores, cozinha, onde consolidaram grandes chefs que misturam a culinária amazônica com a tradicional.

Em poucas palavras, hoje há uma grande efervescência cultural e social no Brasil, considerando também o impulso considerável da indústria e do comércio, apesar que ainda existe disparidades culturais e econômicas. É um país que está evoluindo rapidamente e espero que esteja procurando um equilíbrio que algumas nações da América Central ainda não encontraram.

Eu sempre fui um amigo do Brasil e dos brasileiros.
No futuro espero de ter mais oportunidades de troca com esta nação, porque para mim é como se fosse uma segunda casa.

 

Michele Pecchioli ©